Eu não tenho pensamentos neutros
Eu não tenho pensamentos neutros.
Essa ideia é uma tentativa de corrigir a crença equivocada de que nossos pensamentos não têm poder. Em um nível, é verdade que eles não têm poder, porque eles não podem mudar o Céu nem destruir Deus. Dentro do sonho, no entanto, que é sobre o que Jesus está falando aqui, nossos pensamentos têm um poder tremendo. Apenas imagine o que nossos pensamentos são capazes de fazer: literalmente fazer um universo físico, e um ser físico e psicológico que habita nele; esse ser, então, realmente acredita que existe no universo.
A mente que hospedou o pensamento de separação é o único poder no universo que pode salvar a si mesmo. E, no entanto, tem sido esse poder que o ego aparentemente e com sucesso tem suprimido e silenciado com seu plano de fazer um mundo e um corpo, tornando o Filho de Deus sem mente. O propósito de Jesus em Um Curso em Milagres é simples: restaurar à nossa consciência o poder de nossas mentes, para que possamos finalmente reconhecer nosso equívoco onde ele foi feito, e escolher outra vez.
Portanto, essa lição nos lembra de que nossos pensamentos são tremendamente poderosos. Na verdade, esse é o problema. Nós acreditamos – dentro do sonho – que esses pensamentos destruíram Deus, o Céu e o Espírito Santo também. Nós demos a essa crença tal poder – o poder da culpa – que tivemos que negar os pensamentos, projetá-los para fora e fazer um mundo, tudo como uma defesa contra o que o ego nos disse: que o tremendo poder de nossas mentes destruiu o Céu. É por isso que a culpa é um conceito tão central no Um Curso em Milagres, pois ela nos diz que nós cometemos o pecado que não poderia ser cometido: destruir Deus e Seu Amor
Você deveria grifar com várias cores _“Tudo o que vês é o resultado dos teus pensamentos”_ Essa sentença importante precisa ser compreendida em termos da forma, mas também em termos da interpretação. Ambas são o “resultado dos teus pensamentos”. Por essa razão, em um nível, uma vez que acreditamos estar separados de Deus, vemos todos os tipos de coisas separadas: pessoas, cadeiras, lápis, relógios, paredes, etc. Os vemos como objetos separados porque são o resultado direto, ou as sombras, dos nossos pensamentos de separação.
Ao monitorarmos nossas percepções e percebermos que estamos ficando zangados, ansiosos ou deprimidos, a causa sempre será uma interpretação de algo que acreditamos ser externo a nós.
Os pensamentos verdadeiros que “criam à sua própria semelhança” são os Pensamentos de Deus – verdade, amor, espírito, etc. – que constituem o Céu. Os pensamentos falsos do ego são de separação – culpa, traição, assassinato, morte, sofrimento, etc. – e vão criar à sua própria semelhança também. Se esses forem os nossos pensamentos, vamos então perceber um mundo no qual todas essas coisas acontecem – conosco.
Esse é ainda mais um exemplo de Jesus nos ensinando que não existe ordem de dificuldade em milagres. Um milagre desfaz os problemas, não importando sua forma, porque todos eles são o mesmo. Precisamos perceber que até mesmo nossos pensamentos aparentemente não importantes ocultam a enormidade do sistema de pensamento do ego.
Nós somos, portanto, gentil e benignamente treinados no processo curativo de olharmos para os nossos pensamentos, especialmente aprendendo a nos tornarmos conscientes daqueles que produzem inquietude. Nós provavelmente não permitimos a nós mesmos sentir desconforto, sem falar em reconhecer sua fonte de culpa em nossas mentes.
Kenneth Wapnick
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